LIE ON RED
PERFORMANCES
LIE ON RED
(english below)
A peça Empatia fala[va] com aquele lugar específico, a peça d´onde venho para as gentes desse lugar fala[va] para lugares imaginados. E as peças por devir?
Por “mero” acaso o chão da galeria e da bienal eram vermelhos e por “mero” acaso posicionei-me em relação ao trabalho artístico alheio [do Pasolini e da Kisha] deitando-me no chão. Neste exercício posicionei-me também em relação com o espaço, criando um obstáculo (um intervalo) na circulação enquanto estava atarefada a observar e, ora a esfregar ninhos, ora com a cabeça pendurada. Notando as semelhanças não intencionais e outrora inconscientes entre estas duas performances, proponho-me a recriar e a criar de raiz, sozinha e em parceria, mais performances site specific usando como ferramentas o corpo[e mente] para reflectir sobre temas como obstáculo, herança, periferia, vulnerabilidades, vermelho e domesticação.
exemplo: A apresentação da peça d onde venho para as gentes desse lugar na Museumplein em Amsterdão. O músico e cenógrafo Wybe de Han ouvia no telemóvel Bassoon Concerto in D Menor, RV 481: II. Andante de Antonio Vivalldi e com um acordeão tentava reproduzir o que ouvia em tempo real durante toda a performance. Em cada apresentação de d onde venho para as gentes desse lugar vou adaptá-la a outros lugares e colaborar com outr@s artistas, sendo a cena final do filme mamma roma o ponto de partida, vou propor uma apropriação por parte del@s do texto, das imagens ou da banda sonora e, estando em relação com a minha tarefa performativa, arranjarem uma estrutura de repetição para o material selecionado, redescobrindo, atualizando e transformando esse mesmo material.
O que é fundamental na relação com o espaço que produz um encontro e uma fricção com o outro? O que é que essa fricção significa politicamente, esteticamente e performativamente? Para onde vou agora e com quem? Que chão [vermelho] é este? Que novo tempo e espaço são estes? O chão é vermelho aqui? Deveria trazer vermelho no meu corpo? Nos meus olhos?
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The piece Empatia talks[/taked] with that specific place, the piece d onde venho para as gentes desse lugar talks[ked] to imagined places. And the pieces to come?
For mere chance the gallery and bienal floor were red and for mere chance I positioned myself in relation to others artistis work [Pasolini´s and Kisha´s] by lying on the floor. In this exercise I also positioned myself while observing, in relation with the space, creating an obstacle [an interval] to circulation, either while scratching bird nests in my body, or while hanging my head. Unaware before, but now noticing the similarities between this two performances, I propose to recreate and create, alone and in partnership more site specific performances using as tools the body[and mind] to reflect on themes such as obstacles, heritage, perifery, vulnerability, the colour red and domestication.
example: The presentation of d onde venho para as gentes desse lugar in Museumplein, Amsterdam. The musician and cenographer Wybe de Han listened in his phone Vivaldi´s Bassoon Concerto in D Menor, RV 481: II. Andante and with his accordion tried to reproduce what he listened to in real time during all performance. In each presentation of d onde venho para as gentes desse lugar I will adapt it to diferrent places and colaborate with other artists, being Mamma Roma last scene the starting point, I will propose to the other artists to apropriate the text, the images or the soundtrack and, while positioning themselves in relation with my performative task, to find out a repetitive structure to the selected material,redescovering, actualzing, and transforming that same material.
What’s fundamental about this way of relation with the space that produces an encounter and a friction with the other and what does it mean politically, aesthetically, performatically? Where do I go now and with whom? What [red] floor is this one? Which new place and time is this one? Is the floor red around here? Should I bring red in my body? In my eyes?