Ouso escrever aqui pela primeira vez, cedo
Ouso
ouço a pele do meu rabo colada na cadeira de plástico
agora a despegar-se
Ouso escrever aqui sem ensaio, ou planeamento prévio,
ouço sinos, orquestras arranham interrompidas gatinham, debaixo
da minha língua,
Ousadia que morre nova
Ousadia que veio ou ainda vem velha,
ouço na minha cabeçacorpo sinais,
avisos, rumores que ser amada é
para outros,
me confundo nestas sensações,
confundo-me nestas configurações,
confio-me na criação, na configuração, de novas opções
Ousemos umas, com as outras
Ouçamo-nos umas, nas outras
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