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Sonho que não se

pode quebrar

 

 

e não se

pode quebrar e

 

não se ...

A partir da obra ‘The Dream’ de Henri Rousseau, ‘Sestina for the Douanier’ de Sylvia Plath e Salvia officinallis, obramos vagarosamente lugares [como potências oníricas].

 

Yadwiga é, e sonha,

vive, no subconsciente,

A cobra é, fundadora e intemporal,

tem cores vibrantes,

Pigmentos

Sonha, a preto, a branco

Onde, é, que, está, o, teu?

en

From Henri Rousseau “The dream” and Sylvia Plath "Sestina for the Douanier" and Salvia officinallis we work and create places slowly [as dreams potency]


Yadwiga is, and dreams,
lives on the subconscious,
The snake is founder and timeless,

has vibrant colours,
Pigments
Dreams, in black, in white

Where, is, yours?”

fotografias: Alípio Padilha

Levemente trago palavras para suportar este ambiente visceral e quiçá libertá-lo nesse universo onírico, desconhecido, estrangeiro. Da “imparcialidade” construída continuamente no subconsciente e no corpo- florescem as flores de lótus, mas não cheira a pântano, a lodo, a putrefação. _algo está errado, belisco-me_; hipnotizam-se tigrezas e leões, os pisam. _algo está errado, belisco-me_: chamam-se as cobras no deserto, vibrações inimigas arrancam-lhes o maxilar. _algo está errado, belisco-me_ “Imparcialmente” assistimos ao sonho de Yadwiga.

en

Lightly I bring words to support this visceral environment and perhaps free it in this universe made of dream, the unknow and the stranger. From the "impartiality " built continuously in the subconscious and in the body- lotus flowers bloom, but it doesn´t smell like swamp, sludge or putrefaction.  _something is wrong, I pinch myself_ hypnotize tigers and lions, I step on them. _something is wrong, I pinch myself_ summon the snakes in the desert, enemy vibrations rip their jaw _something is wrong, I pinch myselfs_

"Impartly" we observe Yadwiga dream.

O corpo e sua medida - 

Reflexão poética de Diana V. Almeida

 

Sendo o corpo confluência, carne e juízo, jogo prescrito, risco casa desejo aberto à carícia da mão que pinta a pele poro a poro, procuramos medida para nele habitar sem receio nem rancor. Assim se move o corpo pelo espaço, cruza o canal de água perpendicular perguntando seu lugar, enquanto calculamos seus contornos esgaçados na luminescência fosfórea.

[...]

Água fogo terra e ar por onde navegam as palavras o eflúvio amoroso que perpassa os corpos fendidos em ritual de êxtase morte e confabulação.

Sendo o corpo plural, pela linhagem milenar que nas células assinala padrões ténues fios de sangue e memória, pela porosidade que na mente comunica frequências várias em dimensões simultâneas paralelas, reclamamos agenciamento diferido e/ou mais cultivada intuição para agir em liberdade plena a cada instante. As fronteiras da consciência sua arte seu processo permanecem constante mistério, por isso percebemos a potência da escuridão para revelar novas vias.

Os leões são espíritos da matéria transmudada e eu, na sua pele, ao encontro do vosso olhar, habito a selva mais densa.                   

[Disseminário - Rua das Gaivotas 6] link  ←Texto completo

CRIAÇÃO, TEXTO E DRAMATURGIA a.Ves
CO-CRIAÇÃO E PERFORMANCE a.Ves, Leonor Lopes e Patrícia Alves

ASSISTENTE PERFORMER Leonor Mendes e Alice Antunes
MAQUILHAGEM Alice Antunes
ASSISTÊNCIA Josefa Pereira e Francisco Arez
RESIDÊNCIAS O Corpo da dança – Torres Novas, Pólo Cultural das gaivotas Boavista – Lisboa, PENHA SCO ArteCooperativa – Lisboa

Apresentaçõs / Presentations

30 Abril 2021 [Teatro Virgínia, Torres Novas]

5-7 Novembro 2020 [Rua das Gaivotas 6, Lisboa]

 

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